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Foto do escritorAmaro Junior

Ensino religioso e Religião nas escolas

Aparentemente sinônimos, Ensino Religioso e Religião escondem duas propostas de ensino diferentes, o que afeta a educação das crianças e dos jovens de nosso país.

Ensino Religioso e Religião nas escolas

Religião nas escolas


O Brasil é um país de maioria católica, mesmo que esta maioria venha vindo diminuindo conforme os últimos censos do IBGE. Isto porque nossa terra herdou dos portugueses sua religião e seus costumes, vindo o nosso Estado a estar vinculado com a Igreja Católica até a época do Segundo Império.


Entretanto, apesar de muitas famílias ainda serem católicas de nome, não o são de fato. A prática dos mandamentos, como ir aos domingos à Santa Missa, não é mais ensinada; a doutrina católica, sempre lógica e irrefutável, deixa de ser ministrada nos lares e passa a ser missão das instituições de Ensino.


No começo, a disciplina Religião foi constituída para o aprofundamento religioso das crianças. Era ministrada em sua maioria por padres ou leigos engajados, com vasto conhecimento católico. Nela, os alunos e alunas aprendiam não só os preceitos básicos da fé católica, como a oração e os sacramentos, mas também toda a Lei Moral que é consequência da doutrina cristã.


Começa o Ensino Religioso


Novos ventos começaram a nortear o aparecimento de novas leis, destacando completamente a Igreja do Estado, e de todas as suas dependências. Em espírito de fraternidade com as demais religiões, constituiu-se o Ensino Religioso, disciplina que seria agora a responsável por alimentar a dimensão espiritual do ser humano.


Nesta disciplina, a grade é um tanto diferente: são estudadas as diversas religiões que existem em solo brasileiro, um pouco de seus preceitos e suas formas de encarar a vida e a maturidade. Por fim, se estudam também ideais vagos de bem-estar da humanidade: infância, paz, felicidade, acessos às mais variadas realidades e desejos, etc.


Constitui-se, assim, um corpus doutrinário que prioriza a quantidade à qualidade: nenhuma doutrina pode receber algum aprofundamento, já que não se dispõe de tempo para todas elas e priorizar uma seria um crime contra as outras.


Qual o problema?


O primeiro problema das instituições de Ensino escolherem o Ensino Religioso é a falta de realidade presente nesta disciplina. Em geral, o professor responsável por leciona-la é formado em História ou Sociologia, o que, convenhamos, não lhe dá autoridade ou experiência para ensinar algo sobre qualquer religião.


Assim, sem o interesse e a formação necessária, o professor é aliado do pouco tempo disponível para essa disciplina, ensinando o básico de algo tão importante para o jovem: a conexão com algo maior que ele mesmo: a palavra religião vem do latim re-ligare, religar-se com o absoluto, com a sua crença.


Em segundo lugar e principal problema, entretanto, temos que o Ensino Religioso não se aprofunda nas consequências naturais de uma prática religiosa, que é a construção de um código de conduta. Este código, na religião católica, é um desdobramento lógico da primeira e mais fundamental lei: a Lei Moral.


O jovem que cresce sem uma espinha dorsal ética que lhe permita fazer escolhas conscientes torna-se um espectador da vida, não participando de seu presente e deixando o seu futuro para o destino escolher. Abraça a irresponsabilidade e a imaturidade, tornando-se um alvo fácil de ressentimentos e da ignorância.


É por isso que a instituição de Ensino que não decide a favor da Lei Moral falha em sua missão. A Fides et Ratio Edições e Ensino está aparelhada com obras de alto teor educacional para auxiliar na educação e na formação escolar. Entre elas está: “As virtudes Morais: Armadura para a Vida Cristã”, do Padre Garrigou-Lagrange. Fale conosco, adquira seu exemplar.



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