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A ansiedade vem do temperamento?

Quando o mundo se tornou mais veloz, menos profundo e mais exigente, pudemos comprovar que a ansiedade se constituiu como o mal do século.

Temperamentos, caráter: ansiedade?


Vimos, no texto anterior, que o conjunto de humores, aliado ao ambiente ao qual cresce o pequeno, seja em casa ou na escola, determina o caráter da criança e do jovem. Este conjunto de humores chamamos de temperamentos, e percebemos que seu estudo é vital para o educador.


Entretanto, diferente dos quatro grandes temperamentos considerados pelos filósofos clássicos, uma forma de humor vem se agigantando sobre as outras: os nervosos.


Os nervosos (e Deus sabe quanto aumenta seu número cada dia com a influência das imensas perturbações sociais e a ação de tantos prazeres enervantes) têm como atributo especial uma excessiva sensibilidade - é seu caráter distintivo.


Podemos dizer que existe um temperamento nervoso? Ou que a criança tem algum temperamento que é modificado pelo seu sistema nervoso afetado pelas relações e pressões atuais? Falta um consenso único entre os profissionais.


O que nos importa, porém, é saber que, como aos outros temperamentos, é necessário uma forma de educar especial e adequada.


Como são os nervosos?


Vale a pena ressaltar que, para além do temperamento nervoso, existem as desordens psíquicas relacionadas aos nervos, como os déficits de atenção, as dislexias, as hiperatividades. Todas estas são conjunturas que precisam ser tratadas por um profissional adequado e que prescreva um tratamento correto.


Assim, em alguma medida, todas as crianças vêm sendo afetadas por ele e se tornam, em alguma instância, nervosas. Estamos, portanto, encarando novas relações com o mundo moderno, fugaz e ultra veloz.


Os nervosos são extrassensíveis. É difícil para eles entender que tudo o que dão não volta para eles na mesma intensidade. Amam e querem ser na mesma medida amados; sua atenção se concentra em um único ponto, e por vezes não é no ponto que deveriam se concentrar; fazem os maiores sacrifícios quando desejam algo, e não entendem porque não são compreendidos.


Por que entender esta nova forma de temperamento?


Para a criança e o jovem, sua perspectiva é tudo o que existe; ou seja, é difícil para eles terem noção de que suas experiências não são as regras gerais da humanidade.


Por isso, algum sofrimento que os acomete, um desentendimento com seu colega por um brinquedo, por exemplo, tem uma grande repercussão. Tratar uma criança ou um jovem de temperamento nervoso com desdém por sua extrema sensibilidade pode marcar profundamente seu coração, tornando-o azedo, distante de seu instrutor.


Portanto, é essencial, para alcançar uma educação de qualidade na era moderna, levar em consideração e com seriedade o temperamento nervoso das crianças. É por isso que a Fides et Ratio vem publicando materiais que apontem, no caos atual, aos pais e educadores como guiar melhor esta geração para ser mais sábia e mais feliz.



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