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O vício da cólera na alma da criança

Atualizado: 1 de jun.



Primeiro passo: compreendendo a cólera!


Sabemos muito bem o tanto que os pais sofrem com filhos irados e desrespeitosos. Isso não é novidade para ninguém.


A sociedade moderna, inclusive, poderia ser chamada de “a grande causadora” desses desequilíbrios, visto que incentiva o estimula exacerbado dos sentidos.


Para que nós, pais, possamos combater esse vício da melhor maneira possível, temos que, em primeiro lugar, compreendê-lo profundamente.


Iniciemos com o conceito de cólera: é um movimento desordenado da alma, irritada frente a um obstáculo.


Cólera e os temperamentos...


Em relação aos temperamentos, o Pe. Timón-David dirá que “os fleumáticos e os melancólicos têm pouca tendência à cólera. A gula, como a inveja e a preguiça, são seus defeitos preferidos. Mas os sanguíneos e, sobretudo os coléricos, se acham extremamente propensos em sua direção, com esta diferença: que os primeiros têm cóleras fortes, mas que duram pouco. Se é verdade que lhes custa mais chegar a elas, quando chega o caso são mais extremos e temíveis, tanto mais quanto menos se previa o surto por crer que são mais calmos e pacientes. Enquanto os segundos, têm cóleras duradouras e às vezes ódios eternos”.


Correção desde pequenino!


A cólera é com frequência prova de grande caráter: supõe vida e força para resistir, mas quando passa da conta, bem se vê que e quantas desgraças pode acarretar.

É importante dizer, assevera o Pe. Timón, que existem as pequenas cóleras acidentais, nas quais todos caímos e que não se devem confundir com as anteriores . Aconselha o sacerdote que, as crianças, no entanto, devem ser corrigidas destes pequenos rompantes de cólera, porque aos atos repetidos sucederia o costume, que há que prever e que sempre é temível.


Qualquer que seja a causa da cólera: temperamento, circunstâncias, caráter ou má educação, embora seja pecado e alcance inclusive as proporções de vício, o fundo do caráter destas crianças está cheio de possibilidades.


O comilão se parece muito ao animal, o preguiçoso não tem coragem, o orgulhoso e o colérico são capazes das maiores virtudes quando se consegue dirigi-los bem.


Capazes de grandes culpas como de grandes virtudes...


Por fim, o Pe. Timón, de forma magistral, nos dá um conselho precioso para conseguirmos dirigir bem os nossos filhos: “segue que podemos classificar as crianças em três grupos: as soberbas e as coléricas de um lado, capazes de grandes culpas como de grandes virtudes; as preguiçosas, comilonas, invejosas e avarentas por outro, cujos defeitos não se prestam para nada bom . As libidinosas, por seu vício, pertencem a esta segunda categoria, enquanto, por causa de suas desordens, são amiúde da primeira, levadas a pecar mais por excesso de sensibilidade do que por embrutecimento do caráter.


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