Seja montado num grande tapete que atravessa as dunas de um gigante deserto, ou ainda caminhando ao lado de um elegante viajante que se propõe a atravessar os oceanos em 80 dias, a literatura faz parte da história da humanidade.
A partir do momento em que tomamos consciência de nós mesmos, estamos sempre contando uma história. Porém, a nossa narrativa vem imbuída de véus e caprichos devido à nossa fragilidade humana.
O papel do livro, portanto, está em nos ensinar a contar a uma história para atingir a autorrealização e, por isso, a felicidade.
Leitura é sinônimo de autodesenvolvimento
Enquanto a imagem nos prende a um determinado cenário, a leitura abre portas para a imaginação. Mesmo com a mais precisa das descrições, cada personagem literário cria um aspecto diferente na mente daquele que lê. Isso é ainda mais salutar na infância, quando nossa imagem de mundo é ainda muito pequenina, nossas experiências estão limitadas ao nosso cotidiano.
Conta-se que, na batalha de Poitiers, um embate que fechou às portas da Europa continental à invasão muçulmana no século IV, os dois exércitos, um composto pelos francos e outro pelos mouros, ao se enfrentarem, ficaram algumas horas se encarando.
Isto porque as características das etnias, para cada um dos lados, eram totalmente diferentes do que estavam acostumados a ver. Para uma criança que vai começando sua primeva infância, o mundo lhe é completamente estranho como foi tanto para os conquistadores quando para os conquistados.
A leitura, assim, tem um papel diferente da imagem: o filme delimita, delineia e concretiza a figura; já o livro expande e alarga os horizontes. O autodesenvolvimento passa, portanto, por estes dois momentos.
O problema da imagem
Num mundo com a velocidade da internet, dir-se-ia que a criança tem acesso a todas as experiências. Contudo, não é isso que vem acontecendo. Todas as ferramentas virtuais trabalham com algoritmos, que tentam desenhar os hábitos de consumo das pessoas. E assim cria-se a famosa bolha: a partir do momento em que a criança entra em um determinado nicho, todas as coisas que vê são referentes a esse específico grupo.
Portanto, sem a liberdade de pesquisa que vem de outros que possuem um pensamento mais crítico, a internet cria para as crianças menos oportunidade de informação, tornando-a refém dos seus gostos. Isso gera jovens sem opinião e sem capacidade de argumentação. É a famosa indústria cultural que opera através das imagens.
O papel do livro na formação humana
Se o livro já tinha importância essencial na formação humana, hoje ele se torna primordial e urgente. É necessário, por isso, que os pais limitem o acesso digital dos pequenos e lhes consigam livros, de diferentes nichos, para que eles tenham oportunidade de alargar seu conhecimento de mundo.
Em especial, os clássicos, que possuem valores metafísicos em suas páginas, são ótimas opções. No mundo atual, inseguro e tão perigoso, os jovens necessitam saber que há algo pelo qual vale a pena lutar, e também que uma vida com propósitos é uma vida feliz.
A Fides et Ratio Edições e Ensino, com essas questões em mente, quer se tornar o parceiro dos pais e educadores: ao editar livros religiosos e morais traz aos lares o frescor da pureza de coração e da integridade que a humanidade, tão assustada hoje, já não consegue passar a adiante através do digital.
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